OPINIÃO PÚBLICA: Como acabar com a Evasão Escolar no Brasil?
Com período integral, café, refeição e lanche pros alunos !
Olha, boa pergunta.
Para mim, a evasão escolar (que não merece letra maiúscula) acontece devido a necessidade de trabalhar, e à falta de comprometimento dos alunos.
Evasão escolas no fundamental eu não admito, eu não vejo como aceitar que crianças não vão à escola. Nesse caso, é preciso que os pais mostrem que a escola é importante. E também é a hora de haver fiscalização de órgãos que cuidam de punir trabalho infantil.
A evasão no médio eu acho que pode ser minimizada se se pensar em como combinar escola com trabalho de meio período. Porque se não houver esse "acordo", a tendência é o jovem sair mesmo para trabalhar. Ganhar dinheiro é muito atraente para eles. E depois a gente vê por aí tantos adultos que saíram da escola e depois de anos e anos voltam a estudar, meio arrependidos, porque sem estudo o salário costuma ser limitado.
Acho também que a escola pode começar a pensar em como voltar a ser mais "prática". Ficar 5 horas sentado olhando pra lousa é ruim mesmo. Difícil encontrar hoje escolas que têm aulas de modelagem em cerâmica, por exemplo, como eu tive. Recentemente saiu uma pesquisa sobre o número de escolas que levam alunos a museus - mínimo! E aí tanto faz se é escola pública ou particular - elas estão se igualando em praticamente tudo.
Infelizmente as escolas estão se vendo "forçadas" a seguir o padrão cursinho, e o padrão cursinho é muito chato, totalmente teórico, e, pra piorar, usa apostilas. Tudo isso aborrece. Escola não tem função de preparar para faculdade, nem todos precisam de faculdade, então se ela conseguir criar no aluno o prazer de aprender (que é algo inenarrável), a evasão tende a cair.
Eu lembro de ter visitado uma certa escola pública na cidadezinha de Santana do Cariri, em 2009, e fiquei maravilhada quando vi que, fora do horário escolar, ela estava cheia de alunos, muito ativos, com projetinhos deles. O jornalzinho da escola era algo que eu não via em São Paulo - é prático! Como você vê, existem exemplos que evitam a evasão!
Sou portuguesa,mas mesmo assim julgo ser da competência do Governo, encontrar solução para um caso bastante grave que se está a passar com a Educação Escolar.
Bernardo Kliksburg discute esse tema rapidamente em seu artigo de sociologia "América Latina - Uma região de risco, pobreza e desigualdade".
Segundo Kliksburg, a base da pirâmide socioeconômica está submetida á um ciclo, um ciclo vicioso.
O indivíduo compõe um grupo marginalizado da população, onde a maioria é pobre, e, sendo pobre, ele não pode ter acesso a direitos básicos.
Isso, consequemente, faz com que ele venha a evadir para poder ajudar sua família financeiramente. E bom, como ele optou por não finalizar os estudos, estará integrando a estatística de indivíduos que aderiram ao trabalho informal.
O trabalho informal é o tipo de trabalho no qual o salário não é determinado pela lei. É basicamente o barbeiro, o vendedor ambulante…
Esses trabalhos rendem muito pouco, cerca de 50% a menos que um trabalho cuja a renda é fixa, oque faz com que esse jovem que não terminou os estudos permaneça na pobreza.
Ele terá filhos futuramente, e esses filhos irão compor, assim como seu pai, que evadiu, a base da pirâmede socioeconómica.
Ora, isso fará com que ele também venha a não finalizar os estudos, pois precisará ajudar sua família, consequentemente, fazendo com que venha a aderir ao emprego informal, oque o manterá na pobreza.
Esse é o ciclo da pobreza, segundo Kliksburg.
Pobreza -> Evasão -> Informalidade -> Pobreza
Postulado isto, vem a pergunta: como rompemos com o ciclo?
A resposta está nas políticas públicas.
Com políticas públicas, você presta assistência a esse jovem que não possui condições de se subsidiar, ajudando-o a concluir seus estudos, contribuindo, dessa maneira, para a redução da evasão escolar.
../..5.600 ../- 71..//= ..1.954...//- ..11/5//2.025../= ///= 54. 19/5//2.025...//. Portal Eletrônico O Saber, Aí tem que ter vontade e seriedade para efetivamente mudar o sentido do ensino no Brasil e no mundo, quando se trata dos PAÍSES PERIFÉRICOS, onde é usada a estratégia, do SUCATEAMENTO DO ENSINO, para atender as demandas dos países imperialistas, que não querem que os países periféricos, façam parte do circulo do poder do mundo, continue como está, atrasados, para que permaneçam exercendo o papel que lhes é dado para representar, qual seja: Fornecimento de mão de obra barata, matérias primas, e depois aquisição de produtos industrializados, com muito maior valor agregado!. Não fica só com essa coisinha de evasão escolar, porque isso, porque aquilo, porque aquilo outro, nada disso!. O buraco é muito mais embaixo, se tiver uma real vontade de mudar, sem ser subserviente, com certeza não vai haver evasão escolar, isso é BALELA!. Fui!. O que você acha jumento atolado(Cabôclo ispiciale de bão, aqui mesmo do sertão)?. Evasão escolar, é uma consequência do SUCATEAMENTO DO ENSINO, para atender DEMANDAS EXTERNAS!. Se liga nessa parada aí!.
Sem mudar o significado da escola? Sem adequar sua finalidade?
Se todos já passamos pela escola, porque tratamos a escola e os professores com tanta negligência?
Qual a escola que queremos?
Qual a escola que precisamos?
Não tem solução. Se um ladrão ganha 10 vezes mais que um funcionário para quê estudar?
O modelo norte-americano (pra variar) é um bom exemplo. O problema do Brasil (histórico e sem fundamento na realidade) é querer ensinar matérias e assuntos que exigem alta capacidade de abstração para um público que ainda está formando as bases do seu intelecto. Muitos "pedagogos" criticam o modelo educacional americano por dar "liberdade demais" aos alunos a partir dos 16 anos de idade. Lá as escolas precisam cumprir um currículo base, obrigatório, que é essencialmente centrado na língua e literatura anglo-americana, matemática, geografia e história (norte-americanas). Para complementar a carga horária mínima do currículo, outras disciplinas são oferecidas em um formato parecido com o de um curso de graduação, onde o aluno escolhe quais deseja estudar de acordo com seu perfil e suas preferências. Assim, um "nerd" que gosta de informática pode optar por disciplinas de exatas ao invés de dezenas de horas de aula sobre filosofia ou geografia. Outro que sente mais afinidade com idiomas vai escolher as aulas de francês, espanhol ou até mandarim, em vez de perder tempo fazendo cálculos matemáticos que nunca usará na vida. O Brasil não tem alunos que precisam de professores, e sim professores que precisam de alunos. E para atender a essa demanda de classe, cria-se a obrigatoriedade do ensino de disciplinas sem nenhuma utilidade prática, para manter empregados professores que poderiam ser melhor aproveitados em outras áreas.
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