PONTO FOCAL - Como a Ponte respondeu às principais dúvidas sobre a descriminalização do porte de maconha

 

Como a Ponte respondeu às principais dúvidas sobre a descriminalização do porte de maconha

Policiais filmam participantes durante Marcha da Maconha de 2022 | Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo

Há 18 dias, o STF (Supremo Tribunal Federal) descriminalizou o porte de maconha e as notícias e posts pipocaram sobre como a decisão afeta a vida real das pessoas. Por aqui, na Ponte, ficamos cheios de dúvidas e vimos nas redes sociais muita confusão sobre liberação e descriminalização. Bem, foi assim que nasceu a reportagem Tudo o que você precisa saber sobre maconha após a decisão do STF, publicada essa semana na Ponte. 


“Percebemos que está rolando muita confusão sobre o assunto. A direita falando que o STF está obrigando as pessoas fumarem maconha enquanto tem uma galera que acha que legalizou e tá tudo liberado”, pontua meu colega, o editor Amauri Gonzo. “Na verdade, não é nem uma coisa e nem outra. É uma decisão muito mais para normalizar entendimentos e para orientar, de certa forma, o Judiciário sobre como operar do que uma legalização efetiva, uma descriminalização mais ampla”.


Antes de sair entrevistando as mais diversas fontes sobre o tema, fomos às redes sociais e ao Google Trends (ferramenta usada para levantar as tendências de pesquisa no Google) saber: quais as dúvidas das pessoas sobre o tema. Afinal, algumas coisas que podem ser óbvias para quem já trabalha com o tema podem não ser para minha mãe, por exemplo. 


“A gente na Ponte sabe que a comunicação de questões jurídicas é sempre muito difícil. Então, achamos que era muito importante responder essas dúvidas que estão rolando no Google e nas redes sociais de maneira clara, simples e acessível, mas que não incorra em nenhuma mentira, por isso consultamos especialistas tanto da área jurídica quanto da área social para comunicar como está a situação hoje a partir da decisão do STF”, explica Amauri. 


A repórter Jeniffer Mendonça passou 4 dias imersa no tema: leu a decisão do Supremo, entrevistou as fontes e levantou dados para responder essas dúvidas de forma clara e objetiva, criando assim uma reportagem que pode servir como fonte de pesquisa, tudo em um único lugar. “Eu tentei ser didática na matéria, mas o que dá trabalho é essa conversão do juridiquês para uma linguagem mais informal”, a Jeniffer me contou no whatsapp. Para ela, foi importante ter as perguntas do público e dos buscadores para saber quais aspectos as pessoas estão mais interessadas em saber. 


Para responder às 15 perguntas que levantamos para a reportagem, Jeniffer entrevistou: Luis Carlos Valois, juiz do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), mestre e doutor em direito penal e criminologia pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de O Direito Penal da Guerra às Drogas; Erik Torquato, advogado e membro da Rede Jurídica pela Reforma da Política de Drogas, e Nathalia Oliveira, socióloga e diretora executiva da Iniciativa Negra por uma Nova Política de Drogas.


E só chegamos a esse formato (pergunta-resposta) depois de debater bastante, inclusive tivemos o apoio da Sabrina Passos (oi, Sá), nossa coach no programa Laboratório de Audiências do Google e da Ajor (Associação de Jornalismo Digital), para estudar como fazer esse conteúdo chegar em mais gente. 


Você deve pensar que o trabalho termina quando a reportagem é publicada. Sinto dizer que não: há um trabalho intenso da Elisa Fontes, nossa analista de redes sociais, para fazer esse conteúdo chegar em mais. Uma série de conteúdos gráficos como cards, vídeos e chamadas precisam ser feitos para atrair mais gente. Por isso é importante que você, Portal, curta nosso conteúdo (estamos como @pontejornalismo em todas as redes) para que o tal do algoritmo entenda a importância do conteúdo e entregue para mais gente (não, isso não é papo de influencer para ganhar like é bem real). Você também pode nos ajudar a chegar a mais gente compartilhando a reportagem tanto diretamente nas redes quanto divulgando o link por whatsapp ou por email.


A gente espera que esse trabalho consiga sanar a dúvida do maior número de pessoas possíveis, mas se você ler a reportagem e não encontrar respostas para sua dúvida, envie para relacionamento@ponte.org. Nossa intenção é que essa matéria seja complementada e atualizada sempre que alguma questão mudar para que se torne um documento de consulta acessível para toda a população como o jornalismo deve ser.

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