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Mostrando postagens de junho, 2024

OPINIÃO PÚBLICA - O Brasil está preparado para a liberação da maconha? O que dizem os especialistas?

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  O Brasil está preparado para a liberação da maconha? O que dizem os especialistas? Um sistema de saúde que tenha condições de receber novas demandas, atendimento na segurança pública e a preocupação com a possibilidade de um comércio de drogas. Na opinião do advogado especialista em direito penal Marcus Gusmão, o país não está preparado para descriminalizar as drogas.  “O Brasil é um país de proporções continentais, como a gente sabe, e isso dificulta sobre a maneira necessária de fiscalização, porque uma descriminalização, ela induziria a certas necessidades de fiscalizações tributárias, certas fiscalizações de vigilância sanitária. Situação essa que, em razão exatamente dessa proporção do país, tornaria uma coisa bastante difícil, para não exagerar, e dizer praticamente impossível”, analisa. A discussão sobre a possibilidade de descriminalização do porte de drogas – entre elas a maconha – para consumo próprio no país gerou impasse entre o poder legislativo e o judiciário, onde

PONTO FOCAL - PESQUISA: Mais da metade dos pais acredita que Novo Ensino Médio não prepara jovens de forma adequada

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  PESQUISA: Mais da metade dos pais acredita que Novo Ensino Médio não prepara jovens de forma adequada Em meio à aprovação pelos senadores, da nova reforma do ensino médio (PL 5.230/2023), o marketplace educacional Melhor Escola realizou uma pesquisa com pais de alunos sobre a proposta. Os dados apontam que novo Ensino Médio requer ajustes. A pesquisa se baseou em um questionário com 842 pais e responsáveis de estudantes de escolas públicas e particulares. Para 58,79% desses pais, o novo Ensino Médio não está preparando adequadamente os jovens para o futuro profissional e pessoal. A psicóloga Kenia Lorenzzato, 43 anos, de São José do Rio Preto, município de São Paulo, tem três filhos, sendo que um deles concluiu o ensino médio em 2023. Para ela, o modelo do ensino médio não tem funcionado e, com as alterações, as desigualdades educacionais podem se acentuar.  "Na prática, eu percebo que o novo ensino médio não tem funcionado e a minha percepção quanto às novas mudanças prev

PONTO FOCAL - É do Estado a arma que fere infâncias

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  Infâncias periféricas são descartáveis para polícia Moradores se reuniram na Rua Ernest Renan, em Paraisópolis, em protesto | Foto: Daniel Arroyo/Ponte Jornalismo “A gente só quer o nosso direito de ir e vir, poder sair, trabalhar”, pediu a cuidadora de idosos Josicleide Maria da Conceição, durante o  protesto  pela comunidade de  Paraisópolis após uma  criança de 7 anos ser ferida  durante ação da PM. O local onde a criança foi ferida não era um lugar ermo, um descampado, mas uma área urbana e comercial. A ação policial foi realizada em um horário que, segundo os organizadores do evento, passam mais de 7 mil crianças por dia a caminho da escola. Não é um local para realizar troca de tiro como se fosse um videogame de simulação na vida real.  Mas estamos falando de uma polícia que mata geral para vingar quando um dos seus é morto. Uma polícia para quem corpos negros são descartáveis, para quem comunidades periféricas são locais para implantar o terror, onde impera a lei do tiro, uma

PONTO FOCAL - Mães que lutam pela memória dos seus filhos!

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    Neste Dia das Mães, enquanto muitas celebram essa data ao lado de seus filhos e filhas, é crucial lembrarmos daquelas  mães que enfrentam uma realidade dolorosa e injusta. Todos os dias,  cerca de 66 jovens entre 15 e 29 anos são vítimas fatais da violência por parte do Estado no Brasil* . Desses, mais da metade são negros. Jovens que perderam suas vidas. Mães que perderam seus filhos. São essas mulheres mães que, mesmo com toda a dor, vêm  liderando projetos para enfrentar a violência do Estado e lutar por direitos e justiça.  Fazendo ecoar as vozes silenciadas de seus filhos, elas seguem em frente, em uma luta para além delas mesmas: para que não se esqueça, para que não mais aconteça com nenhuma outra mãe. Esse é o caso da  Rede de Familiares de Vítimas dos Crimes de Maio de 2006 , fundada por Débora Maria da Silva e formada por mães, familiares e amigos de vítimas da violência do Estado Brasileiro. O projeto, apoiado pelo Fundo Brasil, atua ativamente por memória, justiça e rep

PONTO FOCAL - Lugar de PM não é na escola

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  Você consegue imaginar a PM atuando na escola do seu filho? “Gente armada não resolve problema social”. Esta foi a frase do diretor de redação da Ponte, Fausto Salvadori, quando discutimos o texto da newsletter da semana passada. A mesma lógica funciona para o tema que escolhemos para esse texto: as escolas cívico-militares, sistema recém aprovado em São Paulo. E a noite da votação do projeto foi marcada por um  test-drive da PM  com estudantes que estavam ali para protestar pelo modelo de escola em que acreditam. Por não serem cordatos com a decisão dos adultos, foram “disciplinados” com cassetetes e spray de pimenta. Seis deles, inclusive, foram detidos acusados de desacato, desobediência, corrupção de menores, associação criminosa e lesão corporal.  Um belo exemplo de disciplina, não? É essa mesma PM que será colocada para disciplinar crianças e adolescentes nas tais escolas. Uma corporação que opera numa lógica de guerra em que o outro é o inimigo. A PM da  Operação Escudo , dos 

OPINIÃO PÚBLICA - Entenda como ficam as regras com o fim da ‘saidinha dos presos’

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  Entenda como ficam as regras com o fim da ‘saidinha dos presos’ Com o fim das saídas temporárias de presos para visitar a família ou participar de atividades que contribuem para o convívio social, o detento agora só terá direito ao benefício se for cursar supletivo profissionalizante, ensino médio ou superior. Com 314 votos na Câmara e 52 votos no Senado, parlamentares derrubaram os dispositivos vetados pelo Executivo que mantinham a "saidinha". O advogado criminalista Bruno Feldens explica as mudanças. “Antes a lei de execução penal previa que o preso em regime semiaberto poderia ter autorização para saída temporária sem vigilância, para visitar a família, estudar ou participar de qualquer atividade que ajude no retorno ao convívio social”, esclarece: “Essa saída era autorizada por um juiz competente permitindo que o preso passasse 7 dias fora da cadeia, em feriados nacionais e/ou datas comemorativas como Dia das Mães. Agora, com a derrubada do veto presidencial, essa

PONTO FOCAL - Que respostas o capitalismo pode dar à crise climática?

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  s 12:06 Que respostas o capitalismo pode dar à crise climática?  Nenhuma . Dentro da lógica de produção e ocupação do território imposta pelo capitalismo no Brasil, nenhuma resposta. Nos últimos 11 anos, 94% dos municípios brasileiros  sofreram consequências diretas da crise climática . É um caminho sem volta. Pelo menos, dentro das perspectivas que este sistema nos dá.     Mas, aqui no Brasil de Fato, a gente trata de outros mundos possíveis e de  experiências de bem viver , pautadas pelo respeito aos direitos humanos e à natureza. Esta newsletter é sobre isso. Só que antes de chegar lá, precisamos discutir os rumos a que estamos sendo conduzidos pelo capitalismo em crise.   Para além da  especulação que jamais pisa o solo  – o capital fictício –, a exploração direta e irrestrita de recursos naturais em países da periferia capitalista é a saída possível para dar sobrevida à irracional meta de ganâncias sempre crescentes.     Avança o lucro, e  não sobra espaço para as pessoas , para